“Naqueles dias não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto.” (Jz 21.25)
O período de Juízes se prolongou por longos 350 anos aproximadamente. Anos estes contaminados pela oscilação entre se voltar a Deus e adorar outros deuses. Assim, como diz B.W. Anderson, o povo israelita olhava para Adonai nos períodos de crise militar; e para Baal eles se voltavam para ter sucesso na agricultura, ou seja, quando se viam ameaçados pela destruição por parte de outros povos, Adonai era o que eles buscavam, quando desejavam prosperidade e boas colheitas, Baal tomava o lugar de adoração e o centro das atenções.
Como o povo judeu, somos seduzidos por Baal , seduzidos pelo desejo de sermos prósperos , de termos tudo o que nosso coração deseja, e da mesma forma, sucumbimos ao apelo desse falso deus. Assim, exatamente como o povo de Israel, quando nos vemos em apuros, quando nossa vida corre riscos reais, quando a doença chega, quando vemos que estamos em perigo real, aí corremos para Adonai. E só então, nos voltamos a Deus e O desejamos como nosso Rei.
Quando não há Rei , fazemos o que nos parece correto, ou não, porque sem um rei , não a lei, e sem lei, nos pervertemos. “Quando o subjetivismo predomina, cada um tem sua verdade, sua fé e cria suas próprias leis. Esse é o perigo que corremos quando relegamos a Deus apenas determinadas áreas de nossos interesses.
No entanto, quando verdadeiramente temos Adonai como nosso Rei, quando O reconhecemos e vivemos segundo essa realidade, não escolhemos uma área de atuação, mas todo o domínio pertence ao Rei, todo o território de nossas vidas pertence a Ele. Um povo não escolhe se o rei pode ou não dominar sobre sua casa, se há um rei, o domínio é dele e não há controvérsias quanto a isso, não há dúvidas ou uma lei própria que proíba ao rei o acesso à parte do território , ou seja, não há uma parcela sequer que esteja fora do alcance e domínio do rei. Então, porque será que insistimos em manter partes de nossas vidas fora do alcance do Rei?
Uma coisa interessante relacionada a Deus e Seu Reino é que Ele existe de fato, no entanto, a entrada neste Reino e na realidade dele como cidadãos é nos dado como escolha mediante o livre arbítrio que o próprio Rei concedeu a toda a humanidade. Se não temos vivido como pertencentes ao Reino, me pergunto se realmente fazemos parte dele. Se não reconhecemos o Rei e Sua autoridade não podemos nos considerar como parte integrante desse Reino.
Estamos aqui então diante de uma escolha: escolhemos a Deus e Seu Reino, e literalmente vivemos essa realidade em todos os sentidos e áreas de nossas vidas ou escolhemos viver segundo nossas próprias regras dizendo a todos que fazemos de nossas vidas o que bem entendemos. Uma coisa é verdadeira e nisto não nos enganemos, se continuamos a manter parte de nossas vidas para serem vividas segundo nossas próprias leis, não escolhemos a Adonai e não estamos O reconhecendo como autoridade e detentor absoluto do governo em nossas vidas.
“Agora temam a Adonai e sirvam a Ele com sinceridade e fidelidade... Se porém, vocês não desejam obedecer ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir... Quanto a mim: eu e minha casa serviremos ao Senhor.” (Josué 24:14,15).
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